Não há nada melhor para animar o fim-de-semana do que uma sobremesa rápida e saborosa.
Apesar do verão rimar com gelados e fruta fresca, não resisti em testar uma galette de frutos vermelhos que já tinha há algum tempo na cabeça. Como adorei o resultado não podia deixar de partilhar a receita com vocês.
Esta galette de framboesa e mirtilos é o final perfeito para as refeições leves de verão, não sendo demasiado doce ou pesada. Para além dos frutos vermelhos, leva uma base de leite de creme que no forno se deixa tingir pelos frutos, ficando absolutamente divinal! Se desejarem podem acompanhar com uma bola de gelado de baunilha ou sorvete de limão.
Não deixem de experimentar esta delícia que compensa o breve calor do forno!
Bom fim-de-semana!
Galette de Framboesa e Mirtilos
(Para 6/8 pessoas, depende da gulodice de cada um)
Ingredientes:
Para a tarte:
- 125 gramas de mirtilo
-125 gramas de framboesa
- 2 discos de massa quebrada (utilizei de compra)
Para o recheio:
-5 gemas
-120 gramas de açúcar
-500 ml de leite
-1 colher de sopa rasa de farinha maisena
- casca de limão q.b
Modo de preparo:
1- Retire a massa quebrada do frigorífico e comece por preparar o leite de creme para o recheio.
2- Leve o leite ao lume com a casca do limão. Deixe ferver e reserve.
3- Bata ligeiramente as gemas com um garfo e adicione o açúcar. Mexa bem com uma vara de arames. Adicione um pouco do leite fervido e mexa sem parar, de forma a temperar as gemas para evitar que o creme talhe.
Junte este preparado ao restante leite e torne a levar ao lume. Já com o creme ao lume, adicione a maisena dissolvida num pouco de leite e mexa bem até o creme engrossar. Quando já estiver com alguma espessura, retire do lume e coloque numa taça para arrefecer.
4- Desenrole um dos discos de massa e coloque-o sobre um tabuleiro. Pique a sua superfície com garfo e espalhe o leite de creme sobre a massa, deixando um rebordo sem creme.Disponha os mirtilos e as framboesas por cima do creme e dobre o rebordo da massa sobre o recheio.
5- Com a outra massa corte tiras para cobrir o recheio. Disponha as tiras sobre a tarte, criando um quadriculado com as mesmas. Leve ao forno, previamente aquecido a 180º, por cerca de 25 minutos ou até a tarte estar douradinha.
Nota: Para aproveitar a massa sobrante do segundo disco de massa, basta junta-la numa bola e colocar no congelador. Quando for necessário é só descongelar e usar.
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Uma das coisas que mais gosto na costura é a possibilidade ,ilimitada, de criar peças a partir de um molde base. É o caso de quase todas as peças que faço. Tenho sempre um bom molde base, a partir do qual faço alterações consoante aquilo que pretendo. A minha ideia, tanto para o guarda roupa infantil como para o de senhora, é vos apresentar em primeiro os moldes base das peças e depois as várias possibilidades que eles oferecem.
Já tendo aqui partilhado o molde e o tutorial de um tapa-fraldas básico, chega a altura de vos mostrar outro modelo deste clássico para bebés. Desta vez é um tapa-fraldas para menina, com folhos nas pernas e na cintura, perfeito para o verão. O molde é exactamente o mesmo e a única coisa que muda é a forma de costurar o tapa-fraldas.
Não me canso de ficar maravilhada com o facto de através da mesma origem se poderem criar tantos estilos diferentes. E, a juntar a esta versão ainda existem outras quantas igualmente fabulosas, seja para menino ou para menina.
A confecção da peça é bastante simples e rápida, pelo que se quiserem ainda vão a tempo de fazer vários para as férias de verão. Podem ainda juntar umas alças ao modelo ou um laço à cintura, basta deixar a imaginação fluir e adaptar os modelos ao vosso gosto.
Espero que gostem desta versão de um básico para bebé, perfeito para o verão de qualquer menina! Caso surja alguma dúvida, não hesitem em colocar as vossas questões na caixa de comentários!
Tapa-fraldas com folhos
Do tamanho 0/3 meses ao tamanho 12/18 meses
Materiais/aviamentos:
-40 cm de tecido para o tapa-fraldas (algodão, piquet, fustão, sarja fininha...)
-40 cm de tecido para o forro (algodão, cambraia...)
- 50 cm de elástico de espessura fina (0,5 cm)
- 50 cm de elástico de espessura média (1,5 cm)
-Materiais de costura básicos: tesoura, giz de alfaiate ou caneta hidrossolúvel, alfinetes, linhas, máquina de costura, ferro de engomar...
Notas:O molde que disponibilizo vai do tamanho 0/3 meses ao tamanho 12/18 meses.
Para obterem o molde do tapa-fraldas, basta clicar na hiperligação e transferir o ficheiro para o vosso computador, depois é só imprimir. Quando imprimirem o molde tenham o cuidado de imprimir em tamanho real ou "actual size", para confirmar se a impressora está a imprimir correctamente devem ir às suas propriedades. Depois de imprimido, podem recortar directamente o molde escolhendo o tamanho desejado ou transferir apenas o tamanho desejado do molde com papel vegetal (de forma a guardar todos os tamanhos presentes no molde).
Aconselho a lerem com atenção todo o tutorial antes de começar a sua execução.
Os molde não contém valores de costura incluídos, sugiro 1,5 cm para as costuras (à volta de todo o contorno do tapa-fraldas).
As medidas do elástico da cintura e das pernas variam de bebé para bebé. A melhor forma de acertar na medida do mesmo é colocar o elástico ao redor da cintura e das pernas do bebé. No entanto, caso esteja a fazer a peça para oferta pode utilizar as medidas standart que aqui deixo.
Elástico para a cintura:
0/3 Meses: 40 cm / 42 cm
3/6 Meses: 42 cm / 44 cm
6/9 Meses: 44 cm / 46 cm
9/12 Meses: 46 cm / 48 cm
12/18 Meses: 48 cm / 50 cm
Elástico para as pernas:
0/3 Meses: 20 cm / 22 cm
3/6 Meses: 22 cm / 24 cm
6/9 Meses: 24 cm / 26 cm
9/12 Meses: 26 cm / 28 cm
12/18 Meses: 28 cm / 30 cm
Plano de corte:
Tecido para o exterior:
Cortar com o tecido dobrado:
Frente do Tapa-fraldas : Cortar 1 vez na dobra do tecido
Costas do Tapa-fraldas: Cortar 1 vez na dobra do tecido
Tecido para o forro:
Cortar com o tecido dobrado:
Frente do Tapa-fraldas : Cortar 1 vez na dobra do tecido
Costas do Tapa-fraldas: Cortar 1 vez na dobra do tecido
Como fazer:
1- Imprima, transfira e corte os moldes
Imprima e corte os moldes de acordo com o tamanho seleccionado, seguindo o plano de corte.
2- Coser a entreperna do tapa-fraldas
Comece por costurar a entreperna do exterior do tapa-fraldas. Para tal, unindo a frente e as costas do tapa-fraldas, cosa pelo avesso a entreperna do mesmo. Cosa da mesma forma a entreperna do forro do tapa-fraldas.
3- Unir o exterior e o forro do tapa-fraldas
Sobreponha o exterior do tapa-fraldas ao forro do mesmo, direito com direito. Fixe com alfinetes o contorno das pernas e cosa ,desta forma, o exterior do tapa-fraldas ao forro. Faça pequenos cortes em "V" nas zonas curvas destas costuras e abra as mesmas com o ferro. Apare as costuras.
4- Coser as laterais do tapa-fraldas
Volte o tapa-fraldas para o direito e passe a ferro, de forma a assentar as costuras das pernas. Una as laterais do tapa-fraldas, juntando as costas e a frente tanto do exterior como do forro do tapa-fraldas. Fixe com alfinetes e cosa pelo avesso as laterais do tapa-fraldas. No fundo, está a coser em simultâneo o exterior e o forro do tapa-fraldas. Volte a peça para o direito.
5- O elástico nas pernas
Para fazer o canal do elástico, comece por fazer uma marcação ao redor de todo o contorno das pernas, a uma distância de 2 cm da borda. Guiando-se por esta marcação, faça uma costura de pesponte ao redor de toda a perna do tapa-fraldas. Faça uma segunda costura de pesponte, a uma distância de 0,60 mm da primeira ou à medida do calcador. Sugiro que se guie pelo calcador, alinhando o mesmo com a primeira costura. Deixe um pequeno espaço sem costura, de forma a conseguir enfiar o elástico pelo canal que acabou de criar. Repita este passo para a outra perna, certificando-se que fica à mesma medida da outra.
Enfie o elástico no canal que criou, com a ajuda de um alfinete de dama ou de um gancho de cabelo. Faça passar o elástico pela abertura previamente deixada e vá puxando o mesmo até sair pela outra ponta. Una as pontas do elástico com alguns pontos à mão. Tenha o cuidado de prender à ponta do elástico um alfinete de dama maior do que o buraco ou outro objecto que sirva de travão, de forma a evitar que o mesmo lhe fuja enquanto o enfia pelo canal. Feche, com alguns pontos à máquina, o buraco previamente deixado para enfiar o elástico. Faça o mesmo para a outra perna.
6- O elástico da cintura
Comece por cortar cerca de 1 cm ao topo do forro do tapa-fraldas. Faça uma bainha na cintura do tapa-fraldas, dobrando para o lado do forro o exterior do tapa-fraldas cerca de meio centímetro.Repita a dobra e vinque com o ferro.
Realize uma marcação ao redor de todo o contorno das pernas, a uma distância de 2 cm da borda da cintura. Faça uma segunda marcação a cerca de 1,5 cm da primeira marcação. Para criar o canal para o elástico de cintura, pesponte todo o contorno do tapa-fraldas guiando-se pela primeira marcação que fez. Depois, realize uma segunda costura de pesponte guiando-se pela segunda marcação, tenha em atenção que deve deixar um espaço sem coser de forma a poder enfiar o elástico.
Enfie o elástico no canal que criou, com a ajuda de um alfinete de dama ou de um gancho de cabelo. Faça passar o elástico pela abertura previamente deixada e vá puxando o mesmo até sair pela outra ponta. Una as pontas do elástico com alguns pontos à máquina (sugiro que utilize o ponto "zig-zag" para este efeito).Tenha o cuidado de prender à ponta do elástico um alfinete de dama maior do que o buraco ou outro objecto que sirva de travão, de forma a evitar que o mesmo lhe fuja enquanto o enfia pelo canal. Feche, com alguns pontos à máquina, o buraco previamente deixado para enfiar o elástico.
Volte a passar com o ferro a bainha que tinha realizado na cintura e pesponte à máquina, puxando de quando em vez o elástico na cintura para facilitar o processo.
O tapa-fraldas está pronto a utilizar!
Partilhem os vossos modelos, nas redes sociais com o #costuraalfacinha ou enviando um e-mail para marianapedrosacorreia@hotmail.com!
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Chega o verão, o calor, a praia e queremos refeições rápidas e fáceis para dias de descanso.
A juntar às saladas verdes e às sanduíches, as saladas de massa ou arroz frias são uma óptima alternativa. São uma excelente escolha para um dia na praia ou ao ar livre, assim como uma opção para as marmitas. Além disso, permitem que não se passe uma eternidade à volta dos tachos e das panelas. Afinal as férias são para descansar e nem sempre apetece estar horas na cozinha.
No outro dia, improvisei uma massa fria de delícias do mar e o resultado foi tão bom que não podia deixar de partilhar com vocês. É super rápida de fazer e o segredo é mesmo deixar não cozer demasiado a massa. Depois é só se deliciarem com um esparguete fresco e saboroso, a fazer lembrar os sabores do bulhão pato! Podem substituir as delícias do mar por atum e até mesmo juntar uns tomatinhos cherry, fica igualmente delicioso.
Espero que gostem desta sugestão fresca e rápida, para ajudar a descontrair na cozinha e a viver a animação do verão em família!
Esparguete Kani-Kama
(Para uma pessoa)
Ingredientes:
- 115 gramas de esparguete ou outra massa seca da sua preferência
-8 palitos de Delícias do Mar
-1 dente de alho grande
-Coentros q.b
-Azeite q.b
-Sumo de limão q.b
Modo de preparo:
1- Comece por cortar as delícias do mar em pedaços pequenos. Pique também os alhos e os coentros. Reserve as delícias.
2- Coza esparguete em água temperada de sal até ficar lá dente.
3- Descasque e esmague um alho e pique os coentros. Quando o esparguete estiver pronto, escorra-o e passe-o por água fria de forma a parar a sua cozedura.
4- Coloque um bom fio de azeite numa frigideira grande e adicione o alho esmagado. Deixe o azeite tomar o gosto do alho e adicione a massa. Envolva bem a massa no azeite de alho e junte as delícias do mar e os coentros picados. Refresque com um pouco de sumo de limão e sirva morno ou frio!
Curiosidade: As delícias do mar tiveram origem no Japão, que começou a industrializar este produto no anos 70 tornando-o popular no resto do mundo. O seu nome em japonês é "Kani-Kama".
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Já vamos a meio do mês de Julho e parece que foi há meio minuto que fiz o resumo fotográfico do mês de Junho.
Passou rápido, como sempre e trouxe montanhas de coisas boas, entre elas o planeamento dos workshops de costura no Atelier da Tufi, algumas encomendas e algum tempo de descanso no Coimbrão.
Na semana passada, realizaram-se os dois primeiros workshops e não podiam ter corrido melhor - não há nada mais gratificante do que fazer aquilo que se gosta e ensinar a costurar é definitivamente uma paixão que veio para ficar! A somar a isso, encontrei no Atelier da Tufi uma equipa de pessoas espectaculares, todas mulheres de armas, cheias de garra e de paixão.
Estou, por isso, muito feliz com o resultado desta primeira experiência no mundo dos workshops.
Agora é aproveitar o tempo livre ,para partilhar com vocês os mil e um projectos que tenho em stand by. Enquanto os vou tirando do forno e porque é sempre bom recordar aproveito para partilhar os momentos mais doces do distante mês de Junho!
Espero conseguir compensar a falta de publicações destas duas semanas com os próximos projectos que irei partilhar, aqui, neste blog, que é a minha primeira casa!
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A "hora LCD" (lavar/comer/dormir) de hoje já chegou ao fim e não me sinto tão fresca como se tivesse acabado de beber uma Coca-Cola light.
Esta hora é o "ver se te avias" de qualquer família e parece que nunca existem mãos a medir. É caótica e faz questionar a sanidade mental de qualquer santidade. É vivida por mães e por pais, a full ou part time, e fazem uma hora equivaler a 24.
No fim de dar banho a uma enguia enraivecida, ainda temos que alimentar tigres esfomeados, ouvir ou cantar os caricas como se fossemos uma ameba, arrumar o habitat de furões e ainda adormecer macaquinhos saltitantes. Pode ser ainda vivida em coabitação com outras crianças,vulgo,irmãos. Se forem como eu e o meu irmão, até pela tampa da banheira discutem e há sempre conversas agradáveis sobre puns e afins.
No fim da hora mágica, há que nos lavarmos e alimentarmos a nós próprios,ou, apenas nos cingirmos ao necessário e justo sono. Porque esta hora, maravilhosa e doce que nos enche o coração, também nos deixa com o bofes de fora e o cérebro num fanico.
Às vezes acho que a "hora LCD" queima mais neurónios do que uma dose de LCD. É que chego ao fim do dia a cantar os caricas e a pensar que sou uma elefanta cor-de-rosa. Agora vou esticar o pernil e esperar que os meus sonhos não sejam invadidos pelo panda.
Amanhã há mais horas cheias para viver.
{e ainda por cima amanhã é segunda-feira}
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Quando o teu pai te mostra um poema que podia ser o mantra da tua vida.
The impossible Dream, do filme "Man of la Mancha", com o Peter O'Toole e a Sophia Loren, um clássico da década de 70. Um musical que retrata a história de Don Quixote, mas sobretudo que resume ,num poema, a essência do sonho e da procura pelo que se deseja ser e alcançar.
Porque sonhar é mais do que alimentar a alma com esperança. Sonhar pode, e deve, ser o começo de algo. Na melhor das hipóteses, sonhar é a quimera que nos apazigua a alma num momento de dor. E isso, já é mais do que suficiente para que sonhar valha a pena.
A ver, rever, ler ou reler.
Deixo-vos o poema e a interpretação da mesma pelo Peter O'Toole (Don Quixote).
{Obrigada a quem me mostra, todos os dias, que sonhar vale muito a pena.}
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